Por Marta Gramstrup Rasmussen, Udvikling Não é todo dia que a cidade de Mocuba, no nordeste de Moçambique, tem uma equipe de empresários recém-formados. Mas foi isso que o prefeito e os líderes tradicionais presenciaram. Os 40 empresários têm feito um curso que fez uso do material disponível em Dynamicbusinessplan.com. O site, que é dinamarquês, dá conselhos sobre como começar um negócio do zero Embora o material na página seja hoje usado em Moçambique, não foi originalmente planejado para esse público. |
Experiência dinamarquesa
"O material na página tem como base a experiência dinamarquesa, mas pareceu-me
ter um alcance global", diz o empresário e consultor Mogens Thomsen, que está
por trás do site e que tem também trabalhado no desenvolvimento do país por
vários anos.
Mogens Thomsen considera que existem algumas coisas gerais sobre as quais
empresários devem ter controle, em qualquer parte do mundo onde queiram iniciar
um negócio.
Planos futuros
"É importante estar ciente dos recursos próprios, produto, cliente,
comprador e planos futuros. As coisas não são específicas de cada país, mas sim
de cada empresa. O único elemento que pode variar enormemente é a estrutura
organizacional", diz Mogens, que salienta que o material na página deve ser
visto como um ponto de partida ao dar-se início a um negócio.
"As condições serão diferentes dependendo de onde no mundo você está localizado
e o tipo de negócio que opera ", diz ele.
Uma boa ferramenta
"Em Moçambique, há uma falta geral de acesso aos conhecimentos técnicos e
práticos sobre a criação de empresas privadas. Portanto, O Plano de Negócios
Dinâmico é uma ferramenta útil", considera Helia Nsthandoca, que tem ensinado
jovens empreendedores e hoje é a representante de Mogens Thomsen em Moçambique.
Eu trabalho com jovens
"Eu trabalho com jovens que têm ideias empolgantes e que têm o potencial
para ser um bom negócio. Muitas vezes os jovens não fazem a menor ideia de como
seguir em frente, mas tendo o website como uma ferramenta, posso ajudá-los a
implementarem suas ideias e, talvez, a criarem um negócio que possa lhes gerar
alguma renda", diz ela.
Helia Nsthandoca teve que dar a seus alunos um curso de curta duração na
utilização do computador e da Internet, pois apenas alguns deles sabiam como
manusear essas ferramentas. Com 40 alunos, dois computadores e vários crashes do
provedor de internet , ela se viu diante de um desafio.
Dificuldade para conseguir financiamento
Ao mesmo tempo, Helia ressalta que os adolescentes moçambicanos muitas vezes
têm dificuldade em conseguir financiamento para projetos. Assim, utilizou em sua
página links para organizações que financiam projetos de desenvolvimento na
região.
Por esta razão, Mogens Thomsen também deseja cooperar com países e organizações
que possam ajudar a desenvolver o site, atendendo às necessidades mais
específicas de cada país.
Empreendedorismo
"Se tivéssemos uma versão moçambicana do site, conseguiríamos reunir o
conhecimento sobre as leis locais relacionadas ao empreendedorismo. O mesmo se
aplica a outras regiões da África", diz ele.
Por esse motivo, Mogens Thomsen tem entrado em contato com os professores em
universidades africanas, com organizações de desenvolvimento e empresas de
consultoria. Seu objetivo é que o site seja o mais utilizado no mundo quando se
trata de estudantes e empresários que procuram o conhecimento básico sobre como
iniciar um negócio.
Sábado 27 outubro, 2009